sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Chef do Barco.



Uma semana antes do carnaval. Ilha Grande. Praia de Abraão. Acampamento Cantinho da Ilha. Sol perfeito e passei de barco. Tudo corria muito bem, a calma imperava. Eu deitei e comecei a pensar na vida, nos questionamentos que sempre faço, nos caminhos que percorri até aqui... E de repente, fui invadida por um cheiro maravilhoso num local que imaginava ser impossível comer bem: uma escuna. Não tocava Ivete Sangalo e não estava repleto de pessoas pulando. Pelo contrário, tudo era bem perfeito: poucas pessoas, paz, segurança no mar e respeito com a natureza (coisas raras de encontrar hoje em dia, infelizmente) e gente agradável e feliz em volta. Me senti tão bem, tão em casa. Comecei a perceber que aquele cheiro estava me contagiando, me vi com desejo de provar o que aquele chef "do andar de baixo" estava preparando. E confesso que fiquei curiosa em saber como ele conseguia o feito de lidar com várias panelas e tempos diferentes de cozimento no ir-e-vir das ondas! Primeiro tive uma grande surpresa com o prato... Um peixe com molho de camarão (que eu tive que passar um papo nele para descobrir a receita! Não poderia sair dali sem perguntar) com arroz e uma salada com um molho saboroso! Cada mordida um "huummmm" diferente! Aqui vai o nome do barco para fazer a propaganda: Phoenix. E você pode comprar a passagem na loja em frente ao cais.

Depois, não resisti (não consegui conter a curiosidade) e durante uma parada fui conhecer a cozinha do barco. Fogão cooktop improvisado, pratos montados, pedidos grudados na janela... E uma pessoa extremamente carismática (e, para minha surpresa, sarada!) atrás da bancada. Elogiei, fiz perguntas... Esse universo me cativa muito.

Na saída consegui pegar a receita do maravilhoso molho de camarão, explicado naquela corridinha rápida entre os últimos instantes no barco e o desembarque...

Aqui está:

l Molho de Camarão para cobrir o peixe do Chef sarado (cometi o erro de não perguntar o nome):


Coloque numa panela manteiga e cozinhe cebolas cortadas e o camarão. Adicione apenas um pouquinho de curry para dar sabor (não exagere para não ficar muito forte) e o molho de tomate. Deixe marinar. Depois coloque um pouco de alho picadinho e pronto. Pode cobrir o peixe (no caso, o que ele usou foi o dourado).


Fica uma delícia!


Ao conversar com um amigo mais tarde, percebi como as pessoas tem aptidões diferentes e como se adaptam a elas. Como cada um cria o seu universo e percorre caminhos de vida a partir disso. Conhecer esses universos é gratificante...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Beijinho com Glitter!


Que beiiijiinhoo doceeee que eleeee temmmm, depois que beijei ele nunca mais ameeeiii ninguém....

Beijinho com mini crisps brancos e glitter. Faz uma produção sofisticada sem abrir mão do sabor.

Fotógrafa e amiga Lorena Leoni.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

As duas paixões ou... A menina que odiava descascar cebolas... (Parte I)

Costumo brincar que tenho duas paixões: direito e gastronomia. A primeira foi uma surpresa querida que chegou em minha vida durante a faculdade de.... jornalismo! Optei pelo jornalismo porque queria ver mudanças rápidas acontecerem. Queria sentir a diferença e fazê-la. Tinha preconceito com a morosidade da justiça e a burocracia excessiva. Como amava escrever e tinha um talento para a comunicação, caminhei em direção ao jornalismo de forma automática. Apenas no meio da faculdade e ao me deparar com o mercado de trabalho na área, notei que eu gostava sim de escrever, mas não com a pressão urgente de um jornal. Preferia os momentos de inspiração. Não nego que tenho um grande carinho pelo que aprendi nos quatro anos que cursei, utilizo em alguns casos, tenho alguns freelas, mas meus caminhos seguiram para outros lados. Como costumava dizer um professor da área: "perder-se também é caminho". Agradeço por ter tido a oportunidade de cursar essa faculdade, mas agora o rumo é diferente.

Encontrei no cotidiano uma vontade enorme de fazer justiça. De batalhar pelo que é certo. Acho que esse sentimento adormecido pelo jornalismo (quem diria...), encontrou voz na faculdade de direito. Curso atualmente o quarto período. A cada dia mais eu percebo a grande e importante escolha que fiz. Um ano após terminar jornalismo, fiz o vestibular para portadora de diploma e fui escolhida para entrar na turma. Hoje sigo feliz, cada dia mais certa da minha escolha. Preciso de um trabalho que me motive, que eu sinta que é importante para mim. Enfim, que me sinta realizada emocionalmente, onde eu perceba que estou fazendo algo por alguém, que estou contribuindo na vida de outra pessoa. Poder defender uma pessoa injustiçada, lutar pelo direito de uma empresa ou de alguém, fazer com as coisas se equiparem num nível justo e buscar a humanização aliada aos processos tecnológicos me motiva, DEMAIS.

Aliado a isso, descobri uma segunda paixão meio que por acaso. A menina que odiava descascar cebolas na infância, mas tem inúmeras fotos brincando de casinha, com inumeros utensílios imaginários, descobriu um hobby quando adulta: cozinhar. Se tornou quase uma terapia para mim e descobri que aprendia incrivelmente rápido, que tinha um dom especial que deveria chegar até as outras pessoas. E dessa maneira minha mente fervilhava cada dia mais com idéias maravilhosas de quitutes e pratos principais e temperos e embalagens...e...e...e.... um eterno "e" em meus pensamentos. A cada viagem de ônibus eu imaginava e criava... Todos os dias. Até que tomei coragem e resolvi encarar. Me inscrevi em diversos cursos de culinária em todo Rio de Janeiro. De segunda até sexta lá estava eu, ia do Centro da Cidade Maravilhosa para Copabacana, de lá para a Barra da Tijuca, de lá para Niterói, em diante.
Resolvi, finalmente, criar um site de e-commerce gastronômico (aproveitando os conhecimentos que obtive quando trabalhei na americanas.com e depois no shoptime.com). Assim nasceu a Quitutes.com.

Minhas duas paixões estão tão presentes dentro de mim que me sinto parte delas. Não o contrário.

Ah sim, atualmente amo cebolas.